A poluição do ar é um problema mundial e os poluentes atmosféricos passam o limite da capacidade de purificação do ecossistema. Com isso, causam preocupação com a redução da camada de ozônio e as mudanças climáticas.

O crescimento do número de veículos e a necessidade dos transportes trouxeram um agravamento das condições ambientais e níveis elevados de poluição atmosférica.

Um dos maiores responsáveis pelo aumento desses níveis de ar é o caminhão. Neste caso, a poluição não se limita aos compostos químicos, mas aos materiais particulados e outros gases que causam danos.

O que são os poluentes atmosféricos?

Podemos compreender como poluentes atmosféricos os gases e as partículas sólidas, como poeiras, pós e fumos. Essas partículas são resultantes de atividades humanas e de fenômenos naturais dispersos no ar. 

Na categoria de partículas estão os gases e partículas expelidos por veículos e indústrias. Além delas, estão também partículas resultantes da degradação da matéria orgânica, vulcanismos e outros fenômenos naturais. 

poluentes atmosféricos

Qual a diferença entre gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos?

Apesar das fontes emissoras serem as mesmas, os gases de efeito estufa (GEE) são poluentes atmosféricos diferentes.

Eles são os causadores do aquecimento global. Isso significa que os GEE contribuem para a manutenção da Terra em temperaturas habitáveis. 

Eles permitem que o planeta mantenha parte importante da energia proveniente dos raios solares que aqui incidem. 

Mas, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), as atividades humanas estão emitindo GEE em demasia. Isso causa o desequilíbrio dessa quantidade de energia mantida no planeta. 

Logo, esse excesso causa mudanças climáticas e eventos extremos, como chuvas em abundância.

Já os poluentes atmosféricos são aqueles que causam mal diretamente para a saúde, além de problemas ambientais. Nas grandes, a maior parte desses poluentes é emitida em razão do uso de combustíveis para os transportes. 

Qual a relação entre o transporte e os poluentes atmosféricos?

A poluição por parte dos veículos acontece assim que a ignição é ligada. Ela produz energia para acionar o motor e, neste momento, são liberados gases e partículas na atmosfera. 

Os motores que usam diesel e demais com combustão interna geram emissões que contém Monóxido de Carbono (CO), Dióxido de Enxofre (SO2), Hidrocarbonetos (HC), Óxidos de Nitrogênio (NOx) e Material Particulado (PM).

Monóxido de Carbono (CO)

É um dos gases prejudiciais ao meio ambiente e à saúde da população. Ele é emitido por fontes naturais e pela combustão incompleta de combustíveis fósseis.  

As emissões do veículo ocorrem a partir da queima de combustível no motor e são lançadas pelo escapamento. Inclusive, os automóveis são a maior fonte de emissão de monóxido de carbono. 

Além dos problemas ambientais, a saúde da população é muito prejudicada. É possível notar aumento de doenças respiratórias (como asma e bronquite), irritação nos olhos, redução da capacidade pulmonar, dores de cabeça e até câncer. 

Para alcançar níveis adequados de qualidade do ar, é preciso eliminar ou minimizar a geração de resíduos. Além disso, é preciso definir e aplicar formas corretas de tratamento e de disposição dos resíduos gerados.

Dióxido de Enxofre (SO2)

É encontrado nos combustíveis utilizados em transportes de grande porte, o óleo

Diesel. A queima deste combustível gera prejuízos tanto para o motor do veículo, como para a sociedade e o meio ambiente.

A via de exposição da população ao dióxido de enxofre é a inalatória. Os efeitos da exposição a altos níveis incluem dificuldade respiratória, alteração na defesa dos pulmões, agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares. 

O poluente irrita o nariz, garganta e pulmões. Ele pode causar tosse, falta de ar, chiado no peito, catarro e crises de asma. 

Hidrocarbonetos (HCs)

A família dos HCs é formada por substâncias orgânicas constituídas de Carbono e Hidrogênio. Os combustíveis fósseis, como o Diesel e a gasolina, têm centenas de HCs.

Eles não são prejudiciais à saúde, a menos que sejam encontrados em grandes concentrações, o que não ocorre em poluições atmosféricas.

Há HCs que são prejudiciais por serem irritantes, podendo causar anemia e leucopenia, além de câncer em altíssima concentração. Há riscos de leucemias nas indústrias petroquímicas e, por isso, são controlados os níveis dos HCs perigosos. 

No entanto, na queima dos combustíveis fósseis o gás emitido do Diesel e da gasolina fornecem muitos HCs diferentes. Entre eles se encontra uma família conhecida como Hidrocarbonetos Policíclico Aromáticos (HPAs).

Os HPAs são compostos orgânicos de Hidrogênio e Carbono que têm ao menos um núcleo benzênico e mais de uma estrutura em anel.

Nas poluições atmosféricas por automóveis, há uma relação entre os níveis de HPAs, densidade de tráfego e incidência de câncer pulmonar. E, por isso, foram desenvolvidos catalisadores que reduzem a quantidade de HPAs emitida pela queima de gasolina e óleo diesel. 

Óxidos de nitrogênio (Nox)

Encontrados na queima dos combustíveis fósseis, o monóxido de nitrogênio (NO) e dióxido de nitrogênio (NO2) são encontrados em grandes quantidades na atmosfera. 

Os poluentes são formados nas câmaras de combustão de motores de veículos onde, além do combustível, há ar que contém grandes quantidades de nitrogênio e oxigênio. Em razão da altíssima temperatura existente, os componentes se combinam formando os NOx.

Ele é um gás tóxico que contribui para o efeito estufa 300 vezes mais que o Dióxido de Carbono. Além disso, ele polui as águas, provoca mudanças climáticas, além de destruir o ozônio na estratosfera.

O Óxido de Nitrogênio é responsável também pela formação de chuvas ácidas, que ao atingir o solo prejudica a vegetação, os rios e os lagos. Nos seres humanos, aumenta as infecções respiratórias, provoca irritação nos olhos, asma, bronquite e até edema pulmonar. 

Material Particulado (MP)

Constituído de poeira e fumaça, as principais fontes de emissão de MP são processos industriais e de veículos automotores a diesel. 

Além disso, ele também é formado na atmosfera a partir do Dióxido de Enxofre,

Óxido de Nitrogênio e compostos orgânicos que são emitidos na queima de combustíveis. Eles se transformam em partículas, sendo que quanto menores são, maiores os efeitos negativos. 

Partículas derivadas da combustão de automóveis, incineradores e termelétricas, têm maior acidez, podendo atingir o trato respiratório, prejudicando as trocas gasosas. Além de interferir na qualidade do ar, prejudica a saúde, especialmente a idosos, crianças e recém-nascidos.

Como reduzir os impactos ambientais do caminhão?

É possível encontrar programas de incentivo à redução dos impactos ambientais dos caminhões, como o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve).

Por meio dele, foram definidos os primeiros limites de emissão para veículos leves, veículos leves comerciais e veículos pesados. Após 23 anos da criação, o programa mostrou que sua implantação foi acertada. As reduções para os veículos pesados foram em torno de 80%. 

Entre os destaques tecnológicos estão a introdução de catalisadores nos veículos, injeção eletrônica de combustíveis e melhorias nos combustíveis automotivos.

Outro exemplo é o Despoluir – Programa Ambiental do Transporte. Ele foi criado para ajudar as empresas de transporte rodoviário a reduzir a emissão de gases que poluem diariamente o meio ambiente. 

Desde a implantação, o projeto proporciona benefícios diretos para o meio ambiente e para a qualidade de vida da população. Aconteceram reduções de custos e aumento da eficiência operacional para as empresas do setor de transportes. 

Inclusive, é importante ressaltar a importância do caminhoneiro ou frotista. Esse profissional pode reduzir o impacto ambiental dos veículos pesados por meio de atividades da rotina.

  • Realizar manutenção preventiva garantindo que o caminhão rode sempre com a melhor performance. Ou seja, quando se evita paradas ou problemas inesperados, é possível reduzir o impacto ambiental do caminhão;
  • Renovação do veículo, visto que a tecnologia envolvida na indústria estava menos evoluída há alguns anos. Com isso, veículos antigos acabam gerando muito mais poluição ambiental;
  • Incentivar a prática da direção econômica. Ela consiste em conduzir o caminhão da maneira mais eficiente de acordo com o trajeto a ser executado. Desta forma, é possível otimizar a eficiência energética do veículo, reduzindo o consumo de combustível, desgaste mecânico e aumentando a segurança durante a rota.

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